quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Patrimônio Histórico Ameaçado.


As fotografias abaixo mostram como a visão dos que agiram - e age em nome da modernidade e do
progresso, influenciou nas mudanças estéticas da paisagem urbana da cidade de Cajazeiras. As duas fotos
foram produzidas no mesmo espaço onde já existiu antigamente um belo solar de características
neoclássica, que depois, a força bruta o levou a demolição, para ser construído um hotel
- o Grande Hotel, que também foi modificado e adaptado para se tornar
hoje em salas comerciais.






Belo postal. "Coreto" da Praça da Cultura, localizada em frente a Igreja Matriz Nossa
Senhora de Fátima - Cajazeiras/PB. Se você ampliar a foto, vai ver que não
está tão conservado assim, pois algumas das colunazinhas
que dá apoio ao peitoril, estão quebradas ou faltando.


É Chaveron... dizia o refrão da música no carnaval.

Foto produzida nas escadarias da parede do açude grande .................................................................................................................................................................................
Orquestra Chaveron do maestro e radialista Zeilton Trajano - em pé no alto da foto. Podemos ver ainda algumas figuras bastante conhecidas dos cajazeirenses, como por exemplo, no canto direito o cantor Daniel e abaixo dele, o seu parceiro de serestas, o também cantor Timbú. O sétimo da direita para a esquerda da foto é o maestro Rivaldo Santana. O primeiro da esquerda para direita é Caveirinha e o segundo, depois dele é Dede. Na fila de baixo, o barbudo - segundo da esquerda para a direita é o nego Ivan e sétimo é contrabaixista Mago. A orquestra de fervo Chaveron era composta pelos melhores músicos de Cajazeiras e foi por vários anos a principal atração dos bailes de carnaval dos clubes da cidade.





sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Hoje no Cine Éden, The Black Rose

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Hoje, somente hoje. O Cine Éden apresenta: The Black Rose. A história de um jovem saxão que em tempo de guerra é forçado a fugir da Inglaterra com seu fiel escudeiro que leva consigo sua longa flecha britânica. Os dois vão para a china, onde acabam se envolvendo em intrigas na corte de Kubla Kahn. Uma extraordinária realização de Henry Hathaway e argumento de Talbot Jennings e Thomas B. Costain. Produção de 1950; Duração: 120 min. Com: Tyrone Power, Orson Welles, Cécile Aubry e Jack Hawkins. Hoje, a partir da 20h na tela panorâmica do seu Cine Éden. Você não deve perder essa fantástica aventura. Veja a baixo o "trailer" do filme.


Cartaz original do filme



Casarão da Boa Vista: Virando as Páginas do Tempo


 


Virando as páginas do tempo, esse é o suntuoso Casarão da Boa Vista, onde no passado, foi residência do Coronel Zuca Peba. O prédio tem muito que o contar para justificar a sua sobrevivência. Ainda não demoliram, mas já foi bastante modificado, com a sua área encurtada para abrigar outras instalações, outros equipamentos empresariais e comerciais, obedecendo de certa forma a lógica do tempo e o rito moderno do crescimento urbano das Cajazeiras de hoje. 

O casarão que é símbolo do que foi um dia coronelismo cajazeirense, segue varando o tempo e lutando contra os que já fizeram de tudo para ver a sua destruição, foi construído num passado remoto, onde a economia algodoeira e a pecuária bovina, puxava o progresso da cidade e contribuía para o fortalecimento ainda mais, do poder político dos coronéis e fazendeiros da região. Período áureo que alimentou o ego das oligarquias em Cajazeiras e que praticamente mandou e veio mandar no município por quase dois séculos. 

Basta ver as duas fotos acima e comparar as mudanças ocorridas. Da sua construção original só resta hoje a Casa Grande - a esquina, pois os equipamentos de serviços, como, armazém, depósito, dispensa e área de serviços que compõe os fundos do casarão, boa parte já foram modificados ou demolidos. Uma prova que se dependesse dos que não tem o passado como referência para contar a sua história, ele já estaria no chão há muito tempo.

by. Cleudimar Ferreira

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ele gostava de Cajazeiras, mas a cidade não gostava dele.

por: Cleudimar Ferreira


Panfleto de uma das campanhas de Raimundo Ferreira a Prefeito de Cajazeiras


Conhecido popularmente como o “Homem da Brasília”, o empresário Raimundo Correia Ferreira quando chegou a Cajazeiras, sentiu uma forte atração pela cidade que na época já apresentava um comércio em franca expansão e uma acanhada vocação para o setor industrial. 

Alimentado pelo trem que facilitava o acesso às cidades do cariri cearense de onde vem sua origem; atraído pelo movimentado centro comercial e pelas indústrias e algodoeiras, como a J. Matos S.A; a firma da família Abrantes; Representação da SAMBRA e outras pequenas empresas de extração de óleo do algodão e torrefação de Café; Raimundo Ferreira viu na terra dos Rolins a possibilidade de fazer bons negócios. E fez! Primeiro construiu na zona de expansão, onde havia a maior concentração de empresários do ramo algodoeiro, o primeiro edifício vertical da cidade - que já foi à rodoviária e hoje é um hotel. 

Bem mais cajazeirense do que nunca, Raimundo queria mais, criou a “Viação Brasília” que fazia a linha Cajazeiras - Brasília. Depois vieram a Viação Rápido Juazeiro, Viação Rio Negro, Viação Varzealegrense e VB Express.

Na sua rápida passagem pela política, tentou duas vezes sem sucesso, ser prefeito de Cajazeiras. Em 1963, pelo PSB, entrou numa disputa ferrenha com Chico Rolim, Acácio Braga Rolim e José Leite Furtado, amargando um 3º lugar com 2.120 votos obtidos. Após o golpe militar de 1964, Raimundo Ferreira se filiou ao MDB e na eleição municipal de 1969, travou mais uma vez, uma guerra pela prefeitura cajazeirense com o candidato da ARENA Epitácio Leite Rolim. O resultado foi uma esmagada derrota sofrida, com o seu opositor obtendo 6.548 votos e Raimundo Ferreira apenas 2.324 votos. Uma maioria prol Epitácio de 2.324 sufrágios. Uma humilhação e vergonha para um homem que modestamente, vinha investindo tanto no progresso da cidade

Desgostoso por não ter da população cajazeirense uma resposta positiva e um reconhecimento pelo muito que vinha fazendo pela cidade, Raimundo Ferreira deu adeus a política partidária e passou a se dedicar exclusivamente a atividade empresarial. Fixou residência na região cearense e só aparecia em cajazeiras para ver como andava as suas empresas. 

Raimundo gostava de Cajazeiras, mas a cidade não gostava dele. Obcecado e determinado em crescer mais ainda, “o Homem da Brasília” se enveredou pelas atividades da comunicação. Nos anos 70, passou a sonhar com a possibilidade de explorar os serviços de radiodifusão. Em suas primeiras investidas, o empresário tentou conseguir a concessão de uma emissora para Cajazeiras, onde definitivamente voltava a residir. Em seguida, voltou-se para a cidade de Juazeiro do Norte, sem sucesso. O entrave maior que Raimundo Ferreira enfrentou foi o fato de as duas cidades já terem emissoras de Rádio funcionando. Aconselhado por pessoas próximas, resolveu então, tentar conseguir a liberação de uma emissora para Várzea Alegre. 

Finalmente, no ano de 1974, contando com o apoio do então Deputado Mauro Sampaio, que por sua vez, contou com o apoio de um irmão que na época trabalhava no Ministério das Comunicações, Raimundo finalmente viu o seu sonho se realizar. Os esforços não foram em vão e desta vez, a concessão para explorar os serviços de radiodifusão, foi concedida. E assim, ele criou a Rádio Cultura de Várzea Alegre, inaugurada em 05 de junho de 1978. Hoje com 79 anos, Raimundo Ferreira reside em Juazeiro. Boa parte de suas empresas foram vendidas, as que restaram, são bem administradas por parentes e familiares na região de Juazeiro e Crato - Ceará.

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Anos 50, 60, 70. Ônibus da Viação Brasília. 
Linha de Cajazeiras/São Paulo, depois, Patos/São Paulo - 
passando por Pombal, Sousa e Cajazeiras
Raimundo Ferreira no seu escritorio 
em Cajazeiras
Tabela da Copa do Mundo de 70


TODAS AS FOTOS DE RAIMUNDO FERREIRA
Acervo: Borracha e Eduardo Pereira e outros
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Raimundo Ferreira integrou um grupo de rotarianos que foi recebido pelo 
Presidente João Goulart, no início dos anos 60, em Campina Grande (PB).
O grupo de Rotarianos de Cajazeiras foi reivindicar o abastecimento de água para cidade.
Na foto, seu Leitão e Dr. Aldo Matos.
  
Raimundo Ferreira e Maestro Esmerindo Cabrinha

Raimundo Ferreira e Arruda Neto em uma 
solenidade da Viação Brasília

Raimundo Ferreira no Programa Irapuã Lima 
da TV Ceará-Rede Tupy

Raimundo Ferreira, ao lado da cantora Ângela Maria em um 
Baile Show no Clube 1º de Maio, em Novembro/1979.
Foto: Bosco Fotógrafo, acevo: Geraldo Rolim.




segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Edifício sede da Prefeitura de Cajazeiras

A foto acima mostra os trabalhos de construção ou reforma 
no prédio que foi construído na administração do 
Prefeito Otacílio Jurema - 1951/1955.



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Imforme publicitario publicado no Jornal "O Observador",

das obras realizadas na Administração do Prefeito
Otácilio Jurema - 1951 a 1955.

Geralmente material como esse, era
distribuido pelos Prefeitos durante as datas
Comemorativas do dia da cidade, Isto é, 22 de Agosto.



domingo, 9 de janeiro de 2011

Vários vídeos dos velhos carnavais de Cajazeiras


Vídeos do YouTube mostram como era o carnaval do passado na cidade de Cajazeiras. Pelo perfil das imagens gravadas, a festa era dividida entre os bailes nos clubes sociais - com destaque para os dois principais que havia no município: O Cajazeiras Tênis Clube e o Clube 1º de Maio. Além disso, a folia era extensiva ao tradicional Carnaval de Rua.

Nos clubes, eram realizados dois grandes bailes por dia, um pela manhã - matinê direcionada as crianças, que sempre terminava em festa para adultos, já que a frequência dos grandões era bem maior; e outro a noite que rolava a noite toda e ia até o nascer do sol, com os foliões deixando as dependências dos dois sodalícios e indo em forma de cordões até a Avenida Presidente João Pessoa, sempre puxados pelas duas orquestra que animava o baile. Durante a tarde, toda falia se concentrava no centro comercial da cidade, nas avenidas Padre José Tomaz e Presidente João Pessoa.

Como em toda sociedade economicamente ativa, o carnaval antigo de Cajazeiras se caracterizava pela divisão social de seu povo. De um lado o Clube 1º Maio que era um espaço popular, obviamente destinado para um publico social de poder econômico mais baixo, com decoração simples, animado geralmente por charangas improvisadas com alguns instrumentos de sopro e ingresso "barato" que facilitava o acesso de todos.

Por outro lado, o Tênis Clube - Clube destinado à elite, que durante os bailes o ingresso era "caro", a decoração era luxuoso e as orquestras que animavam a festa eram as melhores da região - Como, por exemplo, a Orquestra Chaverom do maestro Zeilton Trajano. O curioso de tudo isso é que durante as tardes, pobres e ricos; pretos e brancos; feios e bonitos se emaranhavam entre confetes e serpentinas; suor e cerveja; aguardente e zinebra gato e, se misturavam em meio ao "Pó e água" e o alumbramento da “lança-perfume” do Carnaval Mela-Mela da Av. Presidente João Pessoa.

Era assim o nosso carnaval de rua! Um momento em que as diferenças eram esquecidas e todos se viam em formato igual. Cara a cara; peito a peito; pé em cima, pé em baixo. Mostrando que a festa acontecia sem a presença de qualquer preconceito. Sem nenhum pudor, vergonha ou diferenças sociais. 

Cleudimar Ferreira



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Carnaval no Cajazeiras Tênis Clube em 1987. 
Nesse vídeo há uma pessoa que parece ser ou "João de Deus Quirino" ou o Bancário "Jatobá". 
 

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Carnaval no Cajazeiras Tênis Clube em 1988. 
Nesse segundo, podemos ver o jornalista Gutemberg Cardoso, os irmãos BosquinhoDiá do Cartório, 
o jogador de futebol Neném Mãozinha, Dedé e o bancário Jatobá.

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Carnaval no Cajazeiras Tênis Clube em 1990. 
Nesse outro vídeo, aparece o nosso sempre vereador José Lopes - Dudu e sua família, Jamilton e outros.

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Abertura do Carnaval de Rua - Praça João Pessoa em 1987. 
Nesse quarto vídeo, podemos ouvir as vozes de Ubiratam di Assis e do Jornalista Josival Pereira que na ocasião faziam comentários para a Rádio Vele do Salgado. Podemos ver os radialistas Wilson e Amauri Furtado, também o teatrólogo e artista plástico Salvino - filho de Major Chiquinho. O mais, propaganda da Carlos Center e dos filmes do Cine Éden.

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Carnaval de Rua - Praça João Pessoa em 1988
Nesse último vídeo, podemos ver as fachadas da Ótica Big Bem e da lanchonete Café Asa Branca
Também é possível ver o radialista Francisco Alves - o Tatico e o Maestro Esmerindo Cabrinha.





Referências dos vídeos. Canais do YouTube: