sábado, 20 de outubro de 2012
















Noites e Cajazeiras
Cleudimar Ferreira


Houve um tempo.
Passado, presente, nem tanto
De ruas estreitas sem fim
Sinuosas lembranças afins
Dos becos, bodegas e adegas
Secos e molhados e uma dose de cachaça
Rolava gentil transeunte
Riscando a vida afora
Um lobo uivante, cedente.
Como posso sonhar o avesso?
Se tuas lembranças vorazes
Rouba-me o sono das noites
Nos bares da minha vida boemia
Me fez deleitar nos teus versos
E num esmerado sôfrego
Entre um copo e uma lua
Você me cativou demais
Me envolveu eternamente
Prendeu-me aos teus caprichos
E sóbrio nas madrugadas
Escrevo... escravo - zumbi, só serei
E de tuas lembranças,
Viverei Cajazeiras. 

 

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