sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Cidade submersa em Cajazeiras a 76 anos, reaparece.



Boa parte dos grandes açudes do interior do Nordeste, construídos nas primeiras décadas do século passado ficava próximo a pequenas cidades ou em vilas e povoados em formação. Esses aglomerados urbanos com suas populações tiveram que ser deslocados para outros locais, já que a águas acumuladas nesses reservatórios ocupava a zona urbana, inundando e submergiu-os por completo.

Um exemplo bem conhecido dos nordestinos foi que aconteceu no Arraial de Canudo que teve o povoador engolido na sua totalidade pelas águas do Açude Cocorobó. Em épocas de grandes secas as águas desses açudes secam e as formações urbanas antes submersas reaparecem como fantasmas trazendo lembranças e histórias de um passado remoto.

A seca deste ano - considerada pelos estudiosos do assunto é uma das maiores dos últimos quarenta anos. Uma de suas conseqüências é o esvaziamento dos reservatórios d’água aflorando cidades inteiras antes mergulhadas em suas águas.

Uma matéria que foi publicada no dia 17 deste mês, no Diário do Sertão, dá destaque à antiga cidade de Piranhas Velhas, hoje município de São José de Piranhas, que foi coberta pelas águas do açude de Engenheiro ávidos (Boqueirão) e que por motivo da estiagem que assola a Paraíba inteira, reaparece do nada. 

A noticia do reaparecimento da antiga cidade de Piranhas foi destaque nas TVs da Paraíba e secundo o pescador Francisco de Sousa a seca é assustadora, e afirma: “Eu nasci e me criei aqui, mas estou impressionado com essa seca.”

VEJA NA ÍNTEGRA A MATÉRIA DO DIÁRIO DO SERTÃO.

Uma cidade, coberta pelas águas no ano de 1936 está totalmente à vista.

Com o longo período de estiagem no Sertão paraibano, os açudes e reservatórios de água começam a desaparecer. Em Cajazeiras um fato curioso é possível observar com o mínimo de água que se encontra no açude de Boqueirão.

Uma cidade, coberta pelas águas no ano de 1936 está totalmente à vista. A sede do município de São José de Piranhas, antiga Piranhas Velha, pode ser visualizada com o baixo nível de água do reservatório.

As casas, prédios e antigas estruturas, inclusive uma Igreja estão praticamente em ruínas, pois há 76 anos estão cobertos pela água, e somente este ano foi possível visualizar o cenário.

O pescador Francisco de Sousa, contou que em Piranhas Velha tinha uma cadeia, uma Igreja, um Cemitério e um Coreto.

No local, ainda existe de pé uma estrutura de um túmulo, com aparência de uma torre e alguns números inscritos, que não dá para identificar.




Nenhum comentário: