terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Em entrevista a TV Diário do Sertão, Naldinho Braga elogia Ricardo Coutinho, taxa de "lixo" o forró eletrônico e diz que Cajazeiras não tem mais cultura.


Naldinho Braga detona o Forró Eletrônico e diz que não se deve gastar dinheiro público com o que é nocivo, sobretudo as crianças e a juventude.

Elogia Ricardo Coutinho e os seus projetos destinados a cultura durante o tempo em que esteve à frente da administração de João Pessoa. Naldinho assegurou que o Governador Ricardo Coutinho acertou muito no sentido de não contratar bandas de forró para festas públicas. “O gestor que faz isso é querendo se reeleger. Essas músicas são lixos culturais”.

Critica a atual gestão do PT na Prefeitura de João Pessoa, e diz de a administração do PT mudou todo e que acabou com os projetos deixados por Ricardo e que o lixo cultural voltou à cena.

Afirma que a Secretária de Cultura de Cajazeiras não tem orçamento para a área cultural e que não há na administração de cajazeiras política cultural. Acrescenta que Cajazeiras não faz jus ao jargão “Terra da Cultura”. “A cultura era pra ser o carro chefe da administração, mas não tem nada mais aqui”.

Disse ainda que é compositor e que o grupo “Tocaia” é mais conhecido em João Pessoa do que em Cajazeiras. E assegura: “Em João Pessoa as pessoas conhecem meu trabalho. Em Cajazeiras nunca fiz um show”.

Ele criticou a imprensa, no sentido de divulgar os trabalhos culturais da terra. “A música brasileira não é só Aviões do Forró”. Veja a entrevista completa abaixo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Um teatro para Cajazeiras. Por Hildebrando Assis 


Cajazeiras merecia o teatro que o governador Wilson Braga lhe deu. Pela constante e dinâmica atividade teatral que ali se desenvolve, pelo apoio e estímulo que o seu povo sempre proporcionou aos conjuntos amadorísticos da terra. Tomou-se uma das raras – raríssimas – cidades do interior do Estado com uma intensa tradição teatral.

Somente em Cajazeiras poderia florescer um “Grupo Terra”, cuja estória desperta admiração e encantamento. Um conjunto de meninos de um bairro, de uma rua, começa a brincar de fazer teatro, com inocência e ingenuidade, mas, com tanto ardor e devotamento que terminou levando a brincadeira a sério. Resultado, o “Terra” impôs-se à consideração e respeito não só dos cajazeirense, mas dos d’além fronteiras, quer municipais ou estaduais. Foi escolhido no primeiro semestre deste ano, para integrar o movimento chamado de “Mambembão”, instituído pelo Instituto Nacional de Artes Cênicas, antigo Serviço Nacional de Teatro, como um dos raros representantes do Nordeste. Nessa condição, se apresentou no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, levando a peça Beiço de Estrada, de Eliézer Filho, o competente e talentoso diretor do grupo. Li críticas bastante lisonjeiras, em jornais do sul do país, a respeito da apresentação dos cajazeirenses, o que constitui honra sem par para nossa cidade.


Já que falamos no “Terra”, queremos assinalar que o teatro dos tempos modernos de Cajazeiras, se conta a partir de 1953, com o aparecimento do TAC, Teatro de Amadores de Cajazeiras que, em sua primeira fase, esteve sob a nossa direção. Foi um movimento que se destinava a permanecer. A sociedade civil mantenedora do mesmo constituiu-se legalmente, tendo os respectivos estatutos sido registrados no cartório competente. Encenou várias peça
s e excursionou por cidades vizinhas.

Em sua segunda fase, o TAC foi dirigido por Íracles Pires, um talento admirável, uma grande vocação para a arte cênica. Infelizmente, a morte no-la arrebatou muito cedo. Houve um período em que Íracles estudava teatro no Rio de Janeiro e aplicava os seus conhecimentos em Cajazeiras, o que para nós era um privilégio digno de nota. Muito justa e merecida, portanto, a doação do seu nome para a nossa casa de espetáculo.


Em seguida, vem o tempo do conjunto denominado “Grutac”, sob o comando de Ubiratan di Assis. Estávamos diante de outro movimento que elevou bem alto o nome do teatro cajazeirense, sobretudo devido ao valor e ao idealismo de seu dinâmico dirigente, o Ubiratan, esse mesmo Ubiratan que, em boa hora e por uma feliz inspiração, foi nomeado Diretor do

“Íracles Pires”. Com essa felicíssima nomeação, o governador Wilson Braga dá uma demonstração de como está bem intencionado para com o nosso teatro.

Ao construí-lo, é certo que o governador atendeu a essa tradição teatral a que aludimos acima. É mais certo, porém, que ele foi impulsionado pelo grande amor que devota a Cajazeiras. Os cajazeirenses devem, pois, apreciar bem a grandeza desse gesto que se pode denominar de único no Brasil.

Texto publicado no programa de inauguração do Teatro Íracles Pires
Correio das Artes - ano I, XIV - nº 7 - set./2013



domingo, 23 de fevereiro de 2014

1ª Mostra de Artes Plásticas de Cajazeiras ao ar livre.

   [ Há 32 Anos ]         

por
Cleudimar Ferreira

Montagem dos Expositores. Marcos Pê, 
Cleudimar e Telma Cartaxo


Em 1983, há 32 anos. o Ateliê de Artes de Cajazeiras, órgão que era vinculado ao antigo Núcleo de Extensão Cultural (NEC/UFPB), chegava a sua segunda mostra de artes com trabalhos dos seus alunos e artistas integrantes.

Nesse ano, o atelier consolidava a parceria com a comissão organizadora das semanas universitárias. Realizava também a sua primeira exposição ao ar livre. Uma experiência rodeada de expectativas, já que o local escolhido era a Praça Nossa Senhora de Fátima-Praça da Sé, popularmente conhecida como Praça da Cultura.

Para tanto foi providenciado tapumes, cordas, pregos e outros apetrechos que serviriam para montagem dos painéis onde iam ficar expostos os trabalhos. O difícil nessa empreitada do ateliê cajazeirense era o fato que a exposição dividiria o mesmo espaço com a realização de uma das versões do Festival Regional da Canção no Sertão. A multidão de gente que o evento musical reunia na praça e o trabalho que os seus integrantes teriam todas as noites de recolher os trabalhos e guardá-los em uma casa vizinha e no outro dia voltar a colocá-los no mesmo lugar, era a principal preocupação de todos.

Entretanto, como o evento era ao livre, sujeito as intempéries do tempo, mudanças ambientais e climáticas, estávamos preparados. Na noite de abertura da exposição, nuvens escuras se fez de teto no local. O tempo fechou e um vento forte tomou conta da Praça da Cultura e os painéis com os quadros começaram a se torcerem com alguns quadros vindos abaixo. Eu e Marcos Pê fumos ao socorro das estruturas que seguravam as telas. Mesmo assim, a ventania saiu derrubando os trabalhos no chão.  Mas deu para recolhemos todos os quadros e protegê-los com mais segurança no Coreto da Praça.

Após o vento e a chuva fina passarem, a lua apontou no céu com a sua luz reluzente. Voltamos a colocar os quadros no local e a exposição com festival da canção, prosseguirem.

O Atelier de Artes do antigo NEC/UFPB foi uma entidade que consolidou e contribui muito para o desenvolvimento das artes visuais na região de Cajazeiras. Ele surgiu após a realização em 1978, do I Salão Oficial de Arte Contemporânea do Sertão.

Com a sua instalação, foi possível a concretização, em 1981, do primeiro intercâmbio de artes entre Cajazeiras e Campina Grande, com os artistas de nossa cidade, tendo a oportunidade de expor e mostrar seus trabalhos no antigo Museu de Artes da extinta (FURNe) Universidade Regional do Nordeste. 

Depois, a realização da III Coletiva Cajazeirense de Artes Plásticas, em 1983; vieram a Coletiva Cajazeirense de Artes Descartável, em 1984 e em 1985, a realização da exposição em homenagem a teatróloga Íracles Pires, no Grupo Escolar Monsenhor Milanês. Todas sob a coordenação de Telma Rolim Cartaxo.

Fase de acabamento da montagem dos quadros nos expositores
Montagem dos Expositores. Marcos Pê, 
Cleudimar e Telma Cartaxo
Artista Plástica Telma Cartaxo
curadora da mostra


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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Apelo de Bosco Maciel a Prefeita de Cajazeiras Denise Oliveira.



O apelo foi feito via blog AC2 Brasília. 


Clamamos que a nossa prefeita, Dra. Denise Oliveira, possibilite a viabilidade do projeto.

Usando de sua "Boa Vontade" e do alcance que tem seu Blog, pediria que me desse uma força no seguinte projeto.

Há algum tempo venho buscando de várias formas sensibilizar a Prefeita de Cajazeiras no sentido de ela ceder (ou alugar um Espaço em Cajazeiras para abrigar a "Academia Cajazeirense de Letras". Este projeto tem andado em várias frentes.

Exemplo: Minha tia Francisca (Professora antiga de Cajazeiras) é uma Poetisa que está à frente deste projeto em Cajazeiras.

Entretanto, não avançamos nada no concernente ao Governo de Cajazeiras (que é fundamental na Montagem da Sede desta Agremiação cultural).

Temos em Cajazeiras muitos Poetas e Escritores que certamente precisam desta organização. Eu sou Membro efetivo da "Academia Guarulhense de Letras" que se dispôs a ajudar em tudo que for preciso para que Cajazeiras tenha sua Academia de Letras.

Enfim, dê-nos uma força no sentido de sensibilizarmos a Prefeita de Cajazeiras  a nos ajudar a dar a Cajazeiras este presente tão necessário à nossa Cultura.

Tenho este projeto como meu tributo a Cajazeiras. Não gostaria de morrer sem vê os Poetas e Escritores de Cajazeiras sem este Sodalício Cultural para abrigar suas obras.

Caso queira obter mais detalhes sobre o andamento deste  projeto, converse com minha tia Francisca. No Facebook ela é encontrada como "Francisca Gonçalves". Dê-nos esta força. Nossa cidade merece!!! 

Seu amigo,
Bosco Maciel.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

TV anuncia exibição de filmes produzidos em Cajazeiras e Sousa em sua programação



A TV Diário do Sertão produziu neste final de semana um vídeo onde apresenta as novidades da sua grade de programação para este ano. Segundo o editor e produtor, Jocerlano Lúcio a TV On line ganhará três novos programas, sendo dois de jornalismo e outro na área de cultura.
Ele informou que os sucessos da emissora continuaram na grade, a exemplo do Sertão Alerta, que apresentado pelo radialista, Ângelo Lima de segunda a sexta, ás 17h00. Outro que também ganhará cara nova é o Interview que até então era apresentado por Kaliel Conrado e nesta nova temporada será comandado pela jornalista, Ada Vitoriano, sendo que o programa será gerado nas segundas, terças e quintas-feiras de Cajazeiras e nas quartas-feiras da cidade de Sousa, onde a radialista Paloma Santos entrevistará as principais personalidades e autoridades da região sousense. Já o Frente a Frente com Jackson Queiroga continuará esquentando as noites de segundas e terças-feiras com entrevistas polemicas.
“Estaremos também melhorando a plástica do já consagrado, Diário Esportivo que é tão bem comandado pelo ‘Pai da matéria’, Reudesman Lopes. Esse programa ganhará novo cenário e reportagens especiais”. Ressaltou o produtor.
Outra grande novidade da TV será a produção de curtas metragens que serão exibidos durante a programação que a partir desta segunda-feira, dia 17, entrará no ar ás 14:00, com o Diário Musical. “Outra novidade será o programa Caderno 2, é nele que vamos destacar a cultura da nossa região. Reportagens especiais estão sendo produzidas para serem exibidas neste programa que será exibido nas noites de quinta-feira, logo após o Interview”. A emissora também terá um link direto com a Capital João Pessoa, onde o jornalista Sales Fernandes trará as informações.
Censura Livre
Jocerlano Lúcio também falou do novo programa de debates da TV Diário do Sertão. Segundo ele, o Censura Livre será comandado por um quarteto formado pelos radialistas, Petson Santos, Jota França, Jarismar Pereira e Eutim Rodrigues que abordaram os principais temas da Paraíba e de nossa região, além de participação especial de alguns convidados que serão entrevistados na noites das quartas-feiras, sempre ás 19:00 horas.
“Se ligue, pois as novidades da TV Diário do Sertão para esse ano estão demais, e contamos com sua audiência”. Finalizou.



fonte: ac2brasilia

Um crítico perplexo diante da tela que veio do sertão.

Tela pintada por Cleudimar Ferreira. Acervo: 
Cleudimar Ferreira

(Há 30 anos atrás). Em 1984, durante a realização da Gincana Cultural Descubra a Paraíba, evento promovido pelo antigo MOBRAL em parceria com o Governo do Estado, que aglutinou artistas anônimos, desconhecidos com atuações nos mais longínquos lugares da Paraíba, a equipe de Artistas Plásticos do atelier de artes do extinto NEC/UFPB/Cajazeiras, competia com demais artistas do Estado.

Vencendo todas as etapas, o atelier cajazeirense foi a final em João Pessoa com os nossos artistas (Eu-Cleudimar, Marcos Pê e João Braz) participando da grande coletiva nas dependências do Liceu Paraibano. No glamour da vernissage que abriu a exposição dos novos ignorados artistas visuais da arte na Paraíba-década de 80, um crítico (que eu não vou citar o nome por questões éticas) bastante conhecido da imprensa paraibana e do movimento cultural da época; com coluna semanal em vários jornais; ao ficar diante do trabalho acima disse a seguinte frase: “não acredito que haja no interior do Estado, artistas com capacidade de produzir esse tipo de trabalho, com esse tipo de temática.”

A coordenadora do Atelier de Cajazeiras, Telma Cartaxo Rolim estando naquele momento próximo desse jornalista especializado em artes, rebateu dizendo: “porque não, você acha que é só os artistas daqui da capital que tem capacidade de produzirem coisas novas? Algo diferente?” O interpelado crítico, diante da resposta de Telma Cartaxo, fez uma pausa e voltou com uma pergunta: “É de lá de Cajazeiras esse artista?” Depois da afirmação de “sim” de Telma, ele, o crítico, saiu de fininho e continuou olhando os demais quadros da coletiva.

A arte paraibana do interior sempre foi marginalizada, sempre foi colocada em segundo plano pelos nossos veículos de comunicação. Nos jornais há mais matérias promocionais com artistas de João Pessoa do que com os artistas do interior. Os nossos críticos de artes parecem que desconhecem ou por ignorância não sabem que há produção artística nas cidades paraibanas do sertão, do cariri, do curimataú, do brejo e das cidades do Vale do Piancó.

Esse desconhecimento foi muito mais gritante no passado, mais aos poucos vai diminuindo e o comportamento dos nossos críticos de artes, vai também mudando a contragosto diante do talento que tem os artistas do interior. A tela acima fez parte de uma sequência de três telas, com mesma temática, que eu pintei para concorrer no certame promovido pelo Mobral e Governo do Estado. Das três, duas foram vendidas a uma senhora de Patos e essa que vemos acima, foi vendida a um primo meu de São Paulo.         

Cleudimar Ferreira


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014