domingo, 14 de maio de 2017

CAJAZEIRAS E A CULTURA DO IMPASSE CULTURAL

Cleudimar Ferreira


Foto: Reizado de Caraíbas - PE


Continua a Impasse sobre qual rumo será dado a cultura em Cajazeiras. O principal órgão executor desse importante setor para o desenvolvimento das artes e para a sociedade cajazeirense, a Secretaria Executiva Municipal de Cultura, paira no memento sobre um vento leve, ou simplesmente, entrou em estado de letargia aguda.

O nome que responde pela pasta, é o do professor Chagas Amaro. Chagas, que não tem tanta vivência nesse setor, quando assumiu a secretaria no início da administração de José Aldemir, não fez muito alarido com a sua indicação para a gestão da cultura no município. Um sinal antecipado que ele não ia se sentir bem acomodado, regendo uma orquestra que não conhecia tanto os músicos, e nem os instrumentos que teria que conviver por um bom tempo.

Esse incômodo sentimento, que por ventura o Secretária indicado pelo prefeito José Aldemir trazia aos olhos dos agentes culturais da cidade, foi convertido mais tarde no seu pedido oficial de saída da Secretaria de Cultura, deixando a pasta mais enfraquecida ainda do que estava. O prefeito José Aldemir, que já vinha sendo pressionado pela classe artística, pela inercia do órgão na cidade, manteve a contragosto o Professor Chagas Amaro no órgão.

Acontece que manter um demissionário num setor importante como esse, da forma como está sendo feito pelo eminente prefeito, é o mesmo que misturar a cor azul com amarelo, e obrigar que o resultado seja vermelho. Portanto, há de haver uma saída. A tradição cultural de Cajazeiras não merece esse enrolado momento, e nem merece esse tratamento aparte, que só tem atrasado o andamento normal da sua produção cultural, principalmente o do seu segmento artístico.

A expectativa agora é saber até quando o atual secretário, que não fez uma festa com a sua indicação; que depois se demitiu e que foi mantido nesse cargo por José Aldemir, vai ficar com esse desgaste todo a frente da Executiva de Cultura de Cajazeiras.

Por outro lado, corre apressadamente a Frente Parlamentar da Cultura da Câmara dos Vereadores, liderada pelo vereador Rivelino Martins, no sentido de manter uma agenda de discussão, visando a preparação das realizações de audiências públicas, buscando debater com a classe artística e com a sociedade cajazeirense, a crise na cultura da cidade e todas as querelas em torno da produção cultural no município, além de outros componentes, como o do Sistema Municipal Cultura.

Uma dessas demandas pleiteada pela Frente Parlamentar da Cultura, recai sobre a publicação do edital do FUMINC, bem como a eleição do Conselho Municipal de Cultura e outros importantes pontos essenciais para cultura de Cajazeiras, que pelo andar descontrolado dos ponteiras do relógio da Secretaria Executiva da Cultura do Município, parece não ter hora determinada para inicio de uma discursiva agenda positiva, que mostre uma saída para o embrulhado momento que vive a nossa cultura.    





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