quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O que dizem as bocas da Paraíba na internet, sobre o pão de seu Saora:




Miltom Dornellas: Já havia escutado muitas estórias sobre um senhor chamado Saora, que viveu em Cajazeiras/PB e que faz parte da memória do povo daquela cidade. Seu Saora deixou esse legado para o filho que continua fazendo o pão artesanal e que realmente é extremamente saboroso. Conversei com algumas pessoas que falaram sobre o processo de fabricação, onde funcionava, das andanças de seu Saora pelas ruas e sua forma peculiar de vender seu produto, as brincadeiras que fazia com que passava por ele. Encantador. Enquanto conversava com duas senhorinhas sentadas na calçada num final de tarde, uma delas gentilmente entrou em casa e presenteou com alguns pães. O proprietário do hotel em que estava hospedado ouvindo o interesse pelo pão e tudo o que girava em torno dele, as relações sociais, econômicas, culturais e que precisavam registrar de forma cuidadosa a trajetória desse patrimônio da cidade, então não contou conversa e se comprometeu que no dia seguinte no café da manhã ele serviria o Pão de Saora. E assim o fez. No café da manhã conversamos bastante sobre as memórias da cidade a partir desse pão. Em novembro estou voltando para continuar a conversa e saber como anda minha provocação. 

Bernadete Moreira de Moura: Tenho certeza que este pão faz parte da história de Cajazeiras, o pão era vendido nas manhas, chegava até funcionar como despertador pois com sua garganta forte ele passava pelas ruas a gritar o seu produto, e aí todas grande parte das casas saia com suas cestas ou vasilhas para pegar o pão que alimentou e alimenta muita gente na cidade. Quando era a tarde por volta das 15:00 estava lá seu Saora com seu balaio na cabeça a gritar pela cidade olha a bolinha de ouro do Saora, era um pão doce e dourado por cima, ah uma delícia, memória inesquecível.

Do antigo forno instalado no fundo do quintal e que funciona  
até hoje, Seu Saora fabricava um pão gostoso e delicioso

Buda Lira: Visitei recentemente a pequena fábrica de Seu Saora. O filho dele, Beré, que jogava bola comigo no campo de futebol, o Higino Pires Ferreira, foi quem me recebeu. Gostosura de pães!!! História fabulosa da economia e da cultura de Cajazeiras!

João Deon Silva: Qual o Cajazeirense que estando distante da terrinha não sente saudades​ gostosas assim como o pão de Saora, guardo muitas outras lembranças o banho na sangria do açude grande o Estádio Higino Pires Ferreira. Cajazeiras de Amor de Mestre Carlos. 

Nanego Lira: Este pão de Saora marcou a infância nossa na rua Higino Rolim, onde começamos as nossas histórias no teatro. Nunca na minha vida comi pão tão saboroso, o cheiro de pão se espalhava pela rua entrando nas minhas ventas. Pão francês, jacaré doce, bolinha de ouro, a bolinha de ouro! Me arrepio só de pensar. “Oh pãozão de Arrouba!" Gritava seu Saora, na Higino Rolim com um balaio de pão na cabeça. Nem todas as vezes podia comprar. E eu ficava a olhar aquele homem passar com um balaio cheio de pão fresquinho, e os meus pensamentos de menino iam longe. Maravilha de lembrança.

O legitimo pão artesanal de Seu Saora


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

FUNESC lança edital do Circuito Cardume 2018 para as áreas de teatro, dança e circo



O governo do Estado, por meio da Fundação Espaço Cultural da Paraíba lança, nesta segunda-feira (9) o edital de chamamento para a temporada 2018 do projeto Circuito Cardume - teatro, dança e circo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 9 de outubro a 9 de novembro, pela internet.

O objetivo do chamamento é promover a seleção de artistas que tenham como objetivo a ocupação do Teatro Paulo Pontes e do Theatro Santa Roza com apresentação de espetáculos das artes cênicas. A concessão é válida para o período de janeiro e primeira semana de fevereiro de 2018, com a implementação a partir da divulgação dos contemplados e da liberação das pautas definidas pela presidência da FUNESC.

Estão habilitadas a concorrer ao Chamamento Circuito Cardume 2018 empresas de produções artísticas, companhias, grupos, microempresas e pessoa física que atue na área das artes cênicas. Cada proponente poderá concorrer com mais de 1 (um) projeto de ocupação, e poderá dependendo da demanda, e por decisão da comissão de seleção, ser contemplado com mais de uma proposta.

As apresentações dos espetáculos para adulto deverão iniciar às 20h e os espetáculos para a infância e juventude deverão iniciar às 17h. Caso o proponente sugira outro horário, deve ser informado na apresentação do projeto.

Inscrições - Serão aceitas inscrições pelo e-mail: cardume@funesc.pb.gov.br. Para se inscrever, é necessário enviar a ficha de inscrição preenchida; link na internet do espetáculo na íntegra, release, sinopse, mapa de palco, ficha técnica completa, necessidades técnicas, currículo do espetáculo e do grupo e informações adicionais, que possam acrescentar dados sobre o projeto. A partir desta segunda-feira (9), o edital estará disponível no site www.funesc.pb.gov.br.

Os projetos inscritos serão analisados por uma Comissão de Seleção não remunerada, formada pelos coordenadores de artes Cênicas da FUNESC e um representante de cada segmento artístico indicado pela classe, sendo eles teatro, dança e circo. Nenhum membro dessa comissão poderá estar vinculado a qualquer proposta apresentada nesse edital.

Sobre o projeto - Tomando como base a ideia de coletivo e a perfeita sincronia entre os membros de uma mesma equipe, os peixes que habitam os espelhos d’água do Espaço Cultural José Lins do Rego serviram de inspiração para o nome do projeto de ocupação lançado pela FUNESC na primeira semana de janeiro.

Intitulada “Cardume”, a ação reúne espetáculos de teatro, dança e circo. O projeto nasce da necessidade de ocupar esses locais durante o mês de janeiro, além de oferecer mais uma opção de lazer aos turistas que visitam a capital paraibana durante o período de alta estação.

O Cardume é uma iniciativa da FUNESC desenvolvida por meio das gerências de teatro (Suzy Lopes), dança (Ângela Navarro) e circo (Diocélio Barbosa), áreas envolvidas no projeto. Além de estabelecer uma consistente agenda de programação ao longo do mês de janeiro, o projeto dá acesso ao público em geral ao que está sendo produzido na cena paraibana.

CRONOGRAMA

Inscrições: 09/10 a 09/11 de 2017
Curadoria: 13/11 a 24/11 de 2017
Divulgação dos selecionados: 27/11/2017
Divulgação da programação completa: 08/12/2017

Mais informações: www.funesc.pb.gov.br


fonte: FUNESC

domingo, 8 de outubro de 2017

CAVALO MARINHO ESTRELA DA PARAÍBA FARÁ APRESENTAÇÃO EM CAJAZEIRAS DIA 12 DE OUTUBRO.



A cultura popular representada por uma de suas mais expressivas manifestações que é o Cavalo Marinho, vai está presente no encerramento da Festa de Nossa Senhora de Fátima. Falo do Cavalo Marinho Estrela da Paraíba, de João Pessoa, que será a estrela convidada, que brilhará e abrilhantará a população cajazeirense e os fies da nossa padroeira, com uma peça emblemática do nosso folclore, espelho das nossas tradições. A apresentação, será na própria igreja Nossa Senhora de Fátima, dia 12 deste mês outubro, a partir das 19h30. 

Expressão cultural do folclore da Região Setentrional da Paraíba e de Pernambuco, o Cavalo Marinho Estrela da Paraíba é um Auto Natalino inspirado nas Festas de Reis e tem como tema lendas e narrativas heroicas de figuras fantásticas e animais glorificados. O grupo é coordenado pelo Mestre Nélio Torres, agraciado com o Prêmio Culturas Populares, da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, no ano de 2007.  



fonte: Facebook de João Bosco da Silva (Bosco Maciel-Casa dos Cordéis)

domingo, 1 de outubro de 2017

POR ONDE ANDA A FPTA - FEDERAÇÃO PARAIBANA DE TEATRO AMADOR

Cleudimar Ferreira

Ruínas do antigo Teatro da Juteca em João Pessoa

Uma informação postada por Orlando Maia, na caixa de mensagens da Nona Região de Cultura, em Cajazeiras, sobre o interesse do ator campinense Álvaro Fernandes, de reativar a antiga Federação de Teatro Amador - a saudosa FPTA, me fez refletir sobre essa entidade, que nos anos 70 e 80, foi a única atuante organização classista do teatro amador paraibano e uma das mais representativas do gênero no Nordeste.

Aliás, no início desse ano, um dos seus últimos dirigentes, o Sr. Antônio Martins, que faleceu a meses atrás, andou articulando essa ideia no meio teatral de João Pessoa. A sua emersão poderia sim, servir para implantação de uma política pública de incentivo e amparo na formação de novos atores e grupos, com a promoção de cursos, encontros e festivais de teatros pelo interior do Estado.

Embora a ideia seja antiquada, dado o grau de profissionalismo que espelha a dramaturgia paraibana de hoje, onde os atores parecem não precisar mais do romantismo dos cursos de teatro; demonstram a ambiguidade do autodidatismo - já nascerem atores por mérito materno; são técnicos e disciplinados por nascença ou por interesses financeiros, ou talvez, não o da arte pela arte; o soerguimento da FPTA no cenário assim, tenderia a não brilhar tanto como nos áureos tempos da efervescência amadora do nosso teatro.

O que é certo é que a FPTA não morreu, simplesmente sai de cena, vive adormecida por traz de uma empanada de mistérios. Escondida nas coxias enigmáticas das salas de espetáculos espalhados pela Paraíba a fora. Seu acervo fotográfico, seus impressos publicitários e documentação que conta sua trajetória de mais de quatro décadas de representatividade do teatro paraibano, que poderia servir de subsídios para um estudo mais aprofundado do nosso teatro, poderia ser usado como argumentos para artigos acadêmicos e outros afins, mas pouco coisa ou quase nada de trabalhos assim, se ver sobre essa ótica.

Afinal, por onde anda a FPTA? Em qual baú está a sua memória; quem os esconde; quem os prende; a troco de que vale a sua saída de cena; seu anonimato e suas cortinas fechadas.