sábado, 14 de julho de 2018

SUÇUARANA: NOSSA, QUANTA GENTE!

O texto abaixo, publicado na Gazeta por José Antônio de Albuquerque, é um enfoco das ações planejadas no setor cultural, que estão acontecendo e que irão acontecer brevimente na cidade de Cajazeiras, impulsionando o que era impossível impulsionar até a alguns meses atrás. Agora com abertura da principal casa de espetáculo - o Teatro Ica, pode-se dizer que esse conjunto orquestrado; esse momento; é o momento confortável que passa a nossa cultura. Isso ficou mais claro nos olhos dos cajazeirenses que consomem cultura, durante  a apresentação nesse fim de semana, do monólogo "Suçuarana" protagonizado pelo ator Thardelly Lima, registrado nessa gravação em vídeo que ilustra na sequência, essa postagem. 



CAJAZEIRAS RESPIRA CULTURA
 Artigo publicado no Jornal Gazeta do Alto Piranha 

José Antônio de Albuquerque 

Depois da reinauguração do Teatro Íracles Pires, os grupos de teatro da cidade começaram a se movimentar e segundo informações 12 espetáculos já estão prontos, nó só para apresentações no Ica, mas em qualquer espaço do estado.

Diversos espetáculos de outras cidades já foram encenados em Cajazeiras e já existe até alguma dificuldade em encontrar vagas para novas encenações. Isto significa que a classe artística de Cajazeiras e os empresários do setor estão vivendo um momento de muita intensidade cultural e pouco a pouco está se conseguindo resgatar a importância que Cajazeiras teve no passado na área teatral.

O movimento em torno da poesia está ganhando um espaço nunca antes existido, ao se tornar pauta obrigatória, todos os meses, na Praça Nossa Senhora de Fátima, o já famoso “Poesia no Coreto”, oportunidade em que os poetas da cidade se reúnem para apresentações para homenagear os poetas de ontem e os de hoje.

O Museu da cidade é um projeto irreversível e só já não está num patamar mais avançado devido à burocracia que se impõe quando se trata de obras e serviços no setor público.

A Escola de Música Santa Cecília já é uma realidade e tem 60 alunos, que ao lado PRIMA, com oitenta alunos se constituem em dois instrumentos importantíssimos na formação de novos músicos e a quase totalidade destes alunos é oriunda da periferia e os frutos já começaram a ser colhidos.

O FUMINC (Fundo Municipal de Cultura) está se consolidando e os recursos começaram a chegar às mãos dos animadores culturais, agora é aguardar os resultados destes investimentos, que deverão ser positivos.

O Secretário de Cultura, Ubiratã de Assis, está projetando para o próximo mês de agosto a apresentação de uma Orquestra Sanfônica, instrumento símbolo de nossas melhores tradições. Esta orquestra poderá despertar nos jovens o desejo de aprender a tocá-la. São estas e outras animações culturais que têm feito a cidade respirar e viver intensamente os valores que emanam da sua alma.

A cidade bem que poderia reviver as grandes Exposições de Pintura para mostrar o que existe de novo e com a perspectiva de descobrir novos talentos.

Por que não fazer um grande festival de quadrilhas no próximo ano? Planejando, estudando, criando grupos, incentivando e ensinando a dançar e premiando os melhores, não tenho dúvidas que o êxito será retumbante.

A maioria das cidades do Vale do Rio Peixe, bem menores que Cajazeiras, tem um grupo de danças e uma excelente banda marcial que podem servir de espelho e exemplo para que possamos ter o nosso.

Quem se lembra da famosa banda de música feminina, patrocinada por Raimundo Ferreira, que vivia se apresentando pelo Nordeste afora? São iniciativas desta natureza que divulgam uma cidade.

E o tão sonhado Festival do Cajá quando será realizado? Será que vamos continuar só com o picolé de Walmor e o Pão de Saora? Na cidade de Martins, Rio Grande do Norte, tem um festival de gastronomia de alcance nacional, tendo como base as típicas comidas regionais e ofertando valiosos prêmios. Vale copiar também? Por que não?

A cultura de nosso povo precisa ser preservada, estudada, cantada e divulgada.



fonte: Jornal Gazeta do Alto Piranhas 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

A INDÚSTRIA DA SECA

Coronal Batista




A indústria da seca era a denominação empregada pelo povo para definir o conjunto de ações desenvolvidas pelo Governo para prestar assistência à população sertaneja atingida pelos longos períodos de estiagem e que, na verdade, serviam muito mais para desvios de recursos públicos em benefícios da classe política. Aqui vamos enfocar situações que bem caracterizam essas práticas, assim como enforcar aspectos da religiosidade do povo sertanejo em face das dificuldades provocadas pela falta de chuva.

Só a força da fé do sertanejo é capaz de fazê-lo resistir as agruras dos inclementes períodos de secas que ele enfrenta. Aqui vamos relatar o testemunho de um desses momentos, ocorrido em 1983 na cidade Cajazeiras, alto sertão da Paraíba.               

No posto de Capitão exerci as funções de Comandante da Companhia de Polícia de Cajazeiras, no alto sertão da Paraíba, de janeiro de 1983 a setembro 1984.  Além da cidade sede, a Companhia era responsável pelo policiamento de mais 15 cidades, inclusive Souza, uma das maiores da região.

Naquele período passei por inesquecíveis experiências como profissional e como cidadão. Convivi de perto com as agruras da seca, com os mecanismos governamentais destinados a prestar auxílio à população e seus meandros de desvios de recursos públicos e, sobretudo, tive contato com a cultura e a fé do sertanejo. De uma maneira sintética, passo a narrar parte desses momentos como forma de registrar detalhes de importantes aspectos da nossa cultura.

Não choveu no sertão da Paraíba no dia de São José de 1983. Na crença do sertanejo estava configurado o início do quinto ano consecutivo de seca. A situação que já era de muito sofrimento para uma vasta população de pessoas que dependiam unicamente das atividades agrícolas naquela região, passou a ser ainda mais complicada.

A partir de então, milhares de humildes agricultores, desnutridos, de rostos enrugados e tostados pelo sol, mãos calejadas, maltrapilhos, olhares perdidos, portando sacos de estopa nos ombros onde pretendiam recolher donativos, acompanhados de mulheres e filhos, perambulavam por todas as cidades polarizadas por Cajazeiras e Souza em busca de ajuda para saciar a fome, em situação de desespero.

Diante dessa situação, a Polícia Militar, através do comando local, se aliou aos clubes de serviços, entidade religiosas, integrantes da imprensa e comerciantes, que faziam campanhas para arrecadar e distribuir mantimentos com esse contingente de sertanejos transformado pela seca em uma população de miseráveis. Nessas ações a parte mais difícil era a distribuição dos donativos, uma vez que por maior que fosse a quantidade de gêneros adquiridos, era sempre insuficiente para atender às multidões de famintos, o que exigia sempre a intervenção da Policia Militar.

Nesse trabalho a polícia tinha de agir com autoridade para ordenar a distribuição, e com muita sensibilidade para dividir com justiça os sempre escassos donativos, que mal dava para sustentar uma família durante uma semana. Nessas ações, que eu comandava pessoalmente, tive oportunidade de fazer contato direto com os agricultores e tomar conhecimento dos dramas de cada família. Aos poucos eu ia me envolvendo com aquela situação.

As campanhas de arrecadação de gêneros se sucediam semanalmente, mas a quantidade recolhida era cada vez menor. As possibilidades de ajuda estavam se esgotando. As prometidas medidas de ajuda do Governo passavam por intermináveis burocracias.

Começaram a se intensificar o registro de saques nas feiras livres e em depósitos de merenda escolar e depósitos de alimentos nos hospitais. Alguns grandes supermercados também foram saqueados, tendo o maior deles ocorrido na cidade de Souza. Para a Polícia isoladamente prevenir essas ações era impossível. Reprimi-las era impensável.


Passava do mês de junho quando chegou a ajuda do Governo Federal através da abertura das frentes de emergências em toda a região do sertão. Era um trabalho coordenado por Oficiais do Exército e que consistia na construção de baldes de pequenos açudes, feitos de terra batida, em locais de passagem de água em tempos de chuvas. Os únicos instrumentos empregados pelos trabalhadores eram carro de mão, enxada e pá.

Cada obra, quase sempre realizada em terras de apadrinhados políticos, com perspectivas de futuros lucros, empregava centenas de homens e mulheres, a maioria alistada pelos Prefeitos através de critérios inteiramente subjetivos, e muitos deles não trabalhavam, só integravam a folha de pagamento. Era uma rica oportunidade de formação ou fortalecimentos dos curais eleitorais. Esse era apenas um pequeno aspecto da conhecida indústria da seca.

Cada alistado ganhava meio salário mínimo por mês, mas era comum uma família ter mais de uma pessoa alistada. As coordenações das frentes de emergência não dispunham de transportes para os trabalhadores que, por isso, eram obrigados a andar a pé por cerca de duas horas para chegar aos locais de trabalho. Saiam de casa pela madrugada, conduzindo uma vasilha a tiracolo com o almoço, a base de feijão, arroz e, às vezes, ovo cozinhado, e voltavam ao pôr do sol.

Os trabalhadores sabiam que aqueles baldes que estavam construindo não resistiriam às primeiras chuvas, e por isso acreditavam que não estavam produzindo nada, o que gerava uma desmotivação generalizada.  Os deslocamentos de ida e de volta para o trabalho, feitos sempre por grandes grupos, parecia uma caminhada de condenados para o cadafalso e lembravam cenas da obra “Os miseráveis”, de Victor Hugo. Presenciei muitas dessas caminhadas, em filas indianas, nas margens das estradas, nas proximidades da área rural de Cajazeiras, nos fins de tardes.

Nesse período o Governo, de forma descontínua e desorganizada, também fazia distribuição de alimentos nas zonas rurais, o que era feito pela Polícia Militar. Muitos carregamentos de feijão e de arroz destinados a esse programa saiam da capital com destino à Companhia de Cajazeiras, mas lá não chegavam. Nunca se soube aonde essas cargas foram parar.

Uma das formas de desvios desse material era a simulação de saques nos caminhões. Chegamos a flagrar uma situação dessas, na cidade de Antenor Navarro, atualmente Rio do Peixe, e adotamos os procedimentos de polícia judiciária. Mas um aspecto da indústria da seca.

Embora as frentes de trabalho não fossem suficientes para contemplar a todos os necessitados, nesse período era muito difícil se conseguir uma empregada doméstica nas cidades da região, o que pode ser explicado pelo orgulho ou comodismo das mulheres atingidas por essa situação ou pela baixa remuneração oferecida para esse fim.

Quando era feito pagamento das frentes de emergências, os poucos e pobres cabarés existentes na região, assim como as casas de jogo de baralho e de sinuca, tinham uma movimentação bem maior, sendo comum o registro de pequenos conflitos provocados pelo excesso do uso de bebida alcoólica, o que implicava na necessidade uma maior atenção da polícia. Mas também o comércio das cidades se beneficiava muito com a circulação desses elevados recursos.

Foi se aproximando o final do ano e o quadro em nada mudava. O sertanejo não se conformava em viver de ajuda. O que ele queria mesmo era trabalhar na agricultura, em suas pequenas propriedades ou empregar a sua força produtiva no conhecido trabalho rural de aluguel. E isso só seria possível com a chegada de chuvas.

Todos os tipos de experiências adotados na cultura local para prever a chegada de chuvas eram realizados e os resultados sempre eram negativos. As esperanças de um bom inverno no próximo ano estavam se tornando em um tormento. E mais uma vez, a fé foi o único caminho que restou a essa gente sofrida. As promessas aos santos de devoção foram se intensificando. Nessas ocasiões São José é unanimidade.   Conversei com muitos fiéis que fizeram promessas. A força da fé dessas pessoas me comovia.

Em meio a muitas denúncias de desvios de recursos públicos destinados à assistência da população atingida pela seca em todo sertão, começou 1984, ainda mais seco e mais quente. O Governo, alegando questões orçamentárias, suspendeu as frentes de emergências.

Foi como se o Governo hoje suspendesse o programa de bolsa família. Voltou tudo à estaca zero. Recomeçaram os desesperos e os saques. A população ficou apreensiva. Os comerciantes temiam invasões dos seus estabelecimentos. Os políticos locais pressionaram os Governos do Estado e o da União para o retorno das frentes de emergências.  Por interferência minha, junto aos políticos locais, muitos desses contatos eram feitos do Gabinete do Comando da Companhia de Polícia.


O Ministro do Interior Mário Andreaza, em campanha para Presidente da República, ainda em eleições indiretas, esteve em Cajazeiras e, em ato público coberto pela mídia nacional, prometeu atender às todas as reivindicações dos sertanejos. Chegou o mês de março sem o menor sinal de chuva e sem as prometidas ajudas do Governo.  Mas a força da fé do sertanejo continuava firme. Em Cajazeiras, no dia 19 de março, uma segunda-feira, católicos de uma pequena comunidade realizaram a tradicional procissão de São José. Depois de uma costumeira ronda de fiscalização do policiamento da cidade e de visitas a algumas autoridades, onde a conversa era sempre sobre a situação dos agricultores, resolvi passar pelo local da procissão.

O andor do Santo saiu de uma residência humilde às dezoito horas.  Os fiéis, na maioria agricultores, todos em trajes brancos, compareceram ansiosos para receber a graça pedida em meio a tantas orações. Surpreendentemente, desde o começo da tarde daquele dia, o tempo estava nublado, abafado, muito quente e seco.

Quando o andor chegou ao meio da rua, carregado pelas mãos calejadas de homens e de mulheres do campo, ouviu-se uma série de trovões que estremeceram a cidade e provocaram a queda de energia elétrica em toda cidade.  De repente caiu a chuva mais forte que aqueles fiéis já tinham visto.

Seguiram-se relâmpagos que iluminaram as ruas. O azul e branco do andor parecia focados pelos feches de luz dos relâmpagos, que faziam surgir na escuridão o perfil da imagem do Santo. Parecia efeitos especiais em filmes de ficção científica. Os adornos do andor foram caindo pela rua e as velas conduzidas pelos fiéis se apagaram, mas o povo, ensopado, não arredou o pé.

Em meio ao cheiro característico do efeito da chuva no calçamento quente, o cotejo teve início com gritos de viva São José e cantos religiosos entoados com entusiasmo por todos.  Homens e mulheres estendiam os braços aos céus, acenando com chapéus de palha, em gestos que expressavam uma profunda gratidão. Marcada por choros de alegria e calorosos abraços entre os fiéis, a procissão foi caminhando lentamente.

De todo lado chegava gente para se incorporar ao ato. Do interior de Viatura Policial, no Fusca Preto da PM, eu assistia aquela cena de forma intermitente em razão do pouco efeito da ação do limpador que não impedia que o para-brisa ficasse embaçado, e dos filetes de lágrimas que a emoção me traziam.

Toda cidade comemorou. A partir de então, as chuvas caíram em todo sertão com a regularidade e na quantidade desejadas pelos sertanejos, e não houve mais saques, nem pedido de ajuda, nem fome e nem humilhação.  Força da fé do sertanejo foi posta em à prova... e venceu.



fonte: http://abriosa.com.br

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Com apoio da Secult, Boca de Cena traz oficina de patrimônio e teatro de bonecos a Cajazeiras





A Cia Boca de Cena, de João Pessoa, estará em Cajazeiras no próximo sábado (7) com a Caravana Patrimônio Nosso. Durante o dia, de 08h30 às 11h30 e de 13h às 15h30, será ministrado um minicurso patrimonial na sede da Secretaria de Cultura e Turismo do município, no Casarão da Epifânio Sobreira. À noite, a partir das 19h30, haverá espetáculo teatral da Cia “Tem boi no algodão”, aberto ao público, na quadra ao lado do Casarão. Os eventos têm parceria com o IPHAEP e a Prefeitura Municipal de Cajazeiras, através da Secretaria de Cultura e Turismo.

A Cia Boca de Cena é uma entidade civil de direito privado que há 21anos desenvolve na Paraíba, um trabalho de pesquisa, documentação e fomento ao teatro de bonecos popular do Nordeste. Uma manifestação cultural que recebeu pelo Iphan no ano de 2015 o título de Patrimônio Imaterial do Brasil.

Esta Cia destaca-se por seu trabalho pioneiro na proteção deste Bem, sendo referência nacional em projetos de salvaguarda no campo patrimonial. Em sua trajetória vários projetos foram desenvolvidos, levando a população apresentações de espetáculos, oficinas de educação patrimonial, oficinas de elaboração de projetos culturais, circulação e rodas de conversas com mestres bonequeiros, produção de artigos acadêmicos, exposição de bonecos populares, II Encontro de Brincantes de Babau da Paraíba etc.

Experiências que proporcionou a toda equipe inúmeras reflexões, sobretudo, em relação às dificuldades de manutenção dos patrimônios e as consequências da falta de ações nesse campo de trabalho.





“A partir desse momento tomamos à iniciativa de propor ao IPHAEP o principal Órgão ligado a preservação dos patrimônios estaduais, uma parceria para realizar a Caravana Patrimônio Nosso” explica Artur Leonardo, da Cia Boca de Cena.

Segundo ele, o objetivo é realizar junto com o IPHAEP a Caravana Patrimônio Nosso, em 13 municípios da Paraíba, trabalhando na capacitação e sensibilização de professores e gestores públicos sobre a importância e a responsabilidade de todos em manter, proteger e fomentar a continuidade dos Bens culturais do estado para as futuras gerações. Apresentando também, um Patrimônio Cultural Imaterial em atividade através do teatro de bonecos popular.

Cada cidade a ser visitada receberá um Minicurso de Educação Patrimonial sobre preservação e manutenção de Bens Culturais, uma apresentação pública de Teatro de Bonecos Popular, como demonstração prática de um Bem em atuação na comunidade, além da exposição Mestres e Brincantes de Babau da Paraíba, que mostra através de banners quem são os mestres bonequeiros da Paraíba, suas localizações, formas de aprendizagem e bonecos.

O espetáculo “Tem boi no algodão” é mais uma bela montagem inspirada na cultura nordestina. O público é convidado a apreciar o encontro harmonioso entre o babau, o forró e o coco de roda, apresentados em um espetáculo divertido que conta as aventuras do negro Benedito e seu boi ensinado, nas terras do Capitão João Redondo. Nesta história o dono da fazenda de algodão, rico, poderoso e cheio de preconceitos, acaba sendo ludibriado por seu vaqueiro, o astuto Benedito, que rouba o coração de sua filha Rosinha. O plano de fundo dessa trama conta com uma riqueza natural característica de nosso Estado, que se tornou um símbolo cultural e artístico do povo paraibano – o algodão colorido. O mestre de cerimônias do espetáculo é “O Coelho Banzé”, que com sua irreverência e carisma, conduz o público através do maravilhoso mundo do Teatro de Animação.



Divulgaçãocajazeiras.pb.gov.br